Alunos do IMD recebem prêmio de empresa francesa durante hackathon de Métodos Formais
Competição feita com a empresa francesa ClearSy proporcionou aplicação do método B por alunos
28-07-2025 / ASCOM
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O Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) realizou, ao longo da última semana, a 3ª edição do hackathon voltado à aplicação de Métodos Formais na Engenharia de Software. A competição, promovida em parceria com a empresa francesa ClearSy, premiou três estudantes do Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI) com um estágio internacional e equipamentos de informática.
Voltado aos estudantes da disciplina de Métodos Formais de Engenharia de Software, o evento desafiou os participantes a desenvolverem, em cinco dias, uma versão simplificada de um sistema de controle de segurança para trens. A proposta consistia em criar um software capaz de estimar a ocupação de trilhos, funcionalidade essencial para evitar colisões entre veículos ferroviários.
Para isso, a competição focou no uso do método B – tecnologia amplamente utilizada no desenvolvimento de sistemas críticos. –, sob coordenação de Thierry Lecomte, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da ClearSy.
Vencedores
O hackathon, que iniciou com sete participantes, teve sua final na sexta-feira, 25, com cinco estudantes concluindo o desafio. Os vencedores da maratona foram Henrique Fouquet (1º lugar), Daniel Lucena (2º lugar) e Wisla Argolo (3º lugar).
Como premiação, o estudante que conquistou o primeiro lugar foi contemplado com um laptop e um convite para estágio de seis meses na sede da ClearSy, em Aix-en-Provence, na França. Os segundos e terceiros colocados receberam um disco SSD. De acordo com o professor do IMD Marcel Oliveira, coordenador da iniciativa junto a Lecomte, o estágio contempla passagem aérea, hospedagem, seguro e bolsa remunerada, sem custos para a UFRN ou o aluno.
Hackathon
Segundo o professor Marcel Oliveira, responsável pela disciplina, o hackathon tem como proposta estender os conhecimentos teóricos apresentados em sala de aula por meio de problemas práticos. “Métodos formais, de uma maneira geral, buscam garantir que o software que está sendo desenvolvido está correto. O método B é uma dessas abordagens e é amplamente utilizado pela ClearSy, que promove o evento”, explicou.
A dinâmica do hackathon envolveu cinco sessões, realizadas entre os dias 22 e 26 de julho. A cada encontro, os participantes recebiam novos desafios a serem solucionados com base na tecnologia aprendida durante o semestre.
Com mais de 30 anos de experiência em pesquisa e desenvolvimento, Thierry Lecomte atua na ClearSy desde 2006 e já participou de projetos em setores como automotivo, Saúde, energia nuclear, microeletrônica e aeroespacial.
O diretor destacou a importância da cooperação entre a empresa e a UFRN, vigente desde 2016, e demonstrou interesse em atrair estudantes brasileiros para atuar na área. “Estamos interessados em estudantes de excelência para trabalhar conosco em sistemas críticos”, afirmou.