Palestras sobre Computação Quântica fortalecem colaborações acadêmicas
Evento contou com seis encontros e reuniu mais de 400 participantes nos últimos meses
07-04-2025 / ASCOM

Após promover um ciclo de palestras sobre Computação Quântica no último ano, o Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN) tem sido palco para o surgimento de uma série de iniciativas de pesquisa e colaborações acadêmicas inéditas. Ação que contou com a participação de mais de 400 pessoas, o ciclo colaborou para a criação de dois novos grupos de trabalho.
Um deles é voltado para comunicação e segurança pós-quântica. Essa temática envolve questões como métodos criptográficos capazes de resistir a ataques de computadores quânticos, garantindo a proteção de dados mesmo diante de tecnologias avançadas.
Já o segundo grupo deverá conduzir pesquisas na área de Inteligência Artificial Quântica. Esse assunto combina IA com computação quântica para processar dados de forma mais rápida e eficiente, explorando superposição e entrelaçamento para resolver problemas complexos.
Juntos, os grupos de trabalho contam com a participação de 12 alunos, além de professores do IMD, que colaboram entre si para uma série de novas iniciativas, como publicações de teses e dissertações.
Além disso, a iniciativa no IMD também abriu as portas para parcerias internacionais, como a colaboração com pesquisadores da Alemanha na área de correção de erros quânticos (CEQ).
O acordo acontece por meio de um intercâmbio acadêmico que impulsionou novas interações dentro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), incluindo a oferta de um curso sobre CEQ no Instituto de Física (IIF) e o desenvolvimento de pesquisas conjuntas com docentes do Departamento de Informática e Matemática Aplicada (DIMAP/CCET).
Motivação
Embora em ascensão em todo o mundo, a Computação Quântica ainda enfrenta desafios na difusão técnica. Segundo o professor Anderson Cruz, coordenador do ciclo de palestras no IMD, essa necessidade por propagação do conhecimento foi um dos principais motivadores para a ação no Instituto.
“Nosso objetivo é formar capital intelectual e pessoas interessadas no tema, no IMD e na UFRN como um todo. Para isso, o Ciclo de Palestras funcionou de modo a sensibilizar a comunidade sobre a importância de desenvolver essa área”, destaca Anderson Cruz.
Em 2025, novas iniciativas já estão em curso, como a oferta de um componente curricular no Bacharelado em Tecnologia da Informação (BTI) dedicado ao estudo de algoritmos quânticos.
Além disso, segundo Anderson Cruz, está sendo discutida a reformulação do formato de encontros futuros, com o objetivo de envolver diferentes unidades acadêmicas da UFRN e ampliar a participação.
Ao todo, seis palestras foram realizadas no ano passado, contemplando tanto o público presencial quanto os espectadores que acompanharam de forma remota.